10 Elementos de uma Estória!
Um
PLOT (gancho) forte ou conceito impactante, que remetam às temáticas
mais importantes da vida, ou, assuntos e histórias polêmicas são fundamentais
para nortear sua estória. Isso ajuda a tornar seu texto notório e chama a
atenção do leitor. Você desenvolveu o Alto
Conceito da sua estória? Ok, você não sabe o que é Alto Conceito. Imagine
os livros de Dan Brown. Os PLOTS de suas obras são sempre acontecimentos
grandiosos, que revelam segredos estarrecedores,
em que seus protagonistas são arremessados em um turbilhão humanamente
impossível de ser vencido. Que tal mais simples? A jornada de Frodo, em O
Senhor dos Anéis, aventurando-se num mundo inóspito, lutando contra um grande
senhor do mal, para salvar todo o seu mundo. Legal, não é? Descreva o grande desafio que seus personagens enfrentarão, um desafio
que mexe com o imaginário humano. Então, você foi bem sucedido.
Seus personagens têm que ter fortes motivos, serem carismáticos e gerar
empatia com o leitor. Eles têm que, sempre, ter algo importante e pessoal
em jogo. Ao escolher o ponto de vista que a estória será contada, descartar o ponto de vista do próprio
personagem ou não enfatizar a visão que o personagem tem da estória, pode
colocar tudo a perder. Numa estória, as personagens femininas,
principalmente se forem protagonistas, atraem muito mais os leitores, se seu
propósito for maior do que arranjar um homem.
— Sem clichês, por favor! — Ela é bem sucedida naquilo em que escolheu,
mesmo que não siga a maioria, mesmo que enfrente dificuldades. Viu? Está procurando
um bom modelo de heroína? Acabou de encontrar! Os leitores só começam a se
preocupar com o que acontece depois na estória, se primeiro, começam a se
preocupar com os personagens. Procure conectar
seus leitores com seus personagens, e depois seus leitores se interessarão
por suas personalidades, motivações e interesses.
Os cenários têm que ser vivos em sua estória. Cenários sugestivos, vão
muito além de uma cenografia barata de cenário, como uma praia pintada numa
lona, que fica lá atrás do palco. Os seus cenários são tão importantes quanto
os personagens, participando ativamente da sua estória. Os cenários contam a
estória. Eles expressam, o clima, a
trama e a temática da estória. Seus cenários são importantes,
impressionantes e comunicam a estória.
Devem ter mérito próprio? É claro! São personagens, têm que marcar,
impactar e expressar. — Contar a estória. Quando o personagem entra no cenário,
interagindo, um joga o holofote sobre o outro.
Grandes
conflitos existem quando grandes objetivos estão em jogo. Esta é um dos pilares da sua
estória? Não! Então ela é uma perda de tempo. Os leitores adoram quando os
personagens almejam coisas difíceis e grandiosas, enfrentando, é claro,
conflitos épicos. Precisam ser grandes, imensos e épicos? Sim e não. Desde que
para o seu personagem, seja, então, ok. Que tal, toda a epopeia que é pegar
ônibus? Tudo depende de sua habilidade para escrever a estória. Mas, é claro
que é muito mais fácil, contar uma estória épica nos moldes tradicionais. Garn
deve escolher entre seu amor da adolescência ou conquistar a Espada dos Deuses
para arrancar o coração do Dragão Sombrio que incinerou seu reino. Como
resolverá esses conflitos que colocam em jogo coisas tão preciosas? Por favor,
não seja tão clichê quanto eu fui! Os conflitos podem ser internos também, mas,
faça com que se manifestem externamente, ou torne isso explícito externamente.
— As questões psicológicas, movem a estória, de maneira visível, se
manifestando de alguma maneira. Quanto
mais seus personagens estiverem envolvidos, buscando seus grandes objetivos e
enfrentando grandes conflitos, mais convincente a estória será. Os desafios
devem ser difíceis, mas, não impossíveis, pois, no fim seus personagens
vencerão o grande conflito e conseguirão seus grandes objetivos.
Uma voz única é o que todo escritor
procura. Qual a sua voz narrativa? A
maneira que você escreve e conta a sua estória, o distinguirá. Seu estilo surgira quando confiar na sua
estória e talento, e também claro quando você praticar o ofício e a nobre
arte da escrita. Seu talento para
escrever é único, assim como a sua voz narrativa é única. A voz de um autor
representa seus valores e visão de mundo, que só determinado escritor como
indivíduo possuí. Então, se expresse! Experimente dar 10 plots iguais para
10 escritores e você conseguirá 10 estórias diferentes. É assim? Claro. Cada
escritor tem sua personalidade, história, motivações, interesses, valores,
lutas e angústias, que no papel, farão a sua escrita ter uma voz única. Henry
Miller em A Sabedoria do Coração, “No momento em que ouvi a minha própria voz,
fiquei encantado: o fato de ser uma voz isolada, distinta, única, me deu
alento. Não me importava se o que eu escrevia pudesse ser considerado ruim. Bom
ou ruim, saíram do meu vocabulário. Pulei com os dois pés no reino da estética.
Minha vida em si se tornou uma obra de arte.”.
Emoções devem ser críveis. O que seus personagens sentem, deve ser
exatamente o que as outras pessoas sentem. Emoção é a essência de uma boa
estória! O leitores, para se interessarem pela estória, precisam se
envolver rapidamente com os personagens e seu mundo ficcional. Como isso é
possível? Envolvendo-se com o mundo
emocional dos personagens. Alegrias e tristezas. Momentos de coragem e
medos, descabidos ou não. Traumas, conquistas, fracassos, amores. Do que têm
compaixão? Odeiam alguém? Embora uma boa estória precise de grandes objetivos e
conflitos, as grandes emoções e sentimentos de seus personagens devem ser tão
grandes quanto a do próprio autor, seus amigos, pais, professores, amores, amigos de trabalho, estudo... Enfim emoções e sentimentos como os de
qualquer pessoa. — Como a maioria das pessoas se apaixonam apenas uma ou
duas vezes na vida, esta é uma forma de reviver essa experiência emocionante e
excitante. — Eu e você não somos muito diferentes dos homens que estavam em
cavernas há 10.000 anos. Você quer
envolver seus leitores com a vida dos seus personagens? Então eles devem ter
emoções que nós temos, por mais inusitadas que sejam.
Agarre
rapidamente o leitor! Porque? Hoje, as pessoas estão sobrecarregadas.
Trabalho estudo e família. O escritor compete com inúmeras mídias e formas de
entretenimento. Vídeos da net, noticiários, filmes baixados, redes sociais e
zilhões de canais na TV por assinatura. Muita coisa competindo por atenção. Até
que a pessoa sossegue e se lembre que o livro que você escreveu e ela comprou
renderão bons momentos de diversão... Então, a dica, dica não, pilar
fundamental, é: agarre o leitor, e, rápido! Tá bom, você que saber como, não é?
Ação! Isso mesmo, a estória tem que se
mover, sempre, e caminhar para a resolução. Cada cena, fragmento tem que
levar para algum lugar, desenvolvendo a história. Os personagens são a ação, pois, você conta como eles agem para superar
grandes conflitos e conseguir seus grandes objetivos. Deixe um pouco de
lado os monólogos internos e conte tudo isso através de imagens vívidas,
lembrando-se de usar os cinco sentidos para escrever a ação.
O texto vem em camadas. Aí,
encontramos as temáticas. O autor aborda
temas que vão além do texto evidente, tratando de assuntos enterrados além da
primeira camada do texto, ou seja, da estória propriamente dita. Plots,
Personagens e enredo, são bem mais interessantes quando há algum subtexto
envolvido. Use o texto e provoque o leitor, mexendo com a inteligência dele para descobrir pistas sutis, de
quais temas você aborda simbolicamente, sem que a estória seja óbvia ou
simplória.
Toda boa estória está repleta de reviravoltas. As voltas que a vida dá.
Quem não ouviu essa expressão clichê? Sempre quando alguém conta algo que lhe
aconteceu, uma coisa incomum, sem se atém ou sempre nos interessamos pelo
inusitado do ocorrido. Tem sempre, “Calma aí, você não sabe o que aconteceu.”
ou “ Ih, escuta só...”, ou ainda, “Não. Calma. Vai vendo.” Sempre que escutamos
alguém contando um episódio engraçado que vivenciou, nos espantamos ou rimos,
pelos momentos inusitados. Principalmente,
nos interessamos, quando essa estória inusitada, muda nossas ideias de como ela
se desenrola e termina. A verdade é que adoramos reviravoltas. Toda boa
estória está cheia de reviravoltas. Não
escreva uma estória como se fossem acontecimento de um ponto A ao ponto B.
A estória dos seus personagens não pode ser assim, por que a vida não é assim.
Embora façamos planos, muitas coisas loucas acontecem e nunca saem como
esperamos, principalmente no final. Adicione reviravoltas. Intrigas, surpresas, acasos, sorte, complôs, azar, traições,
sentimentos exacerbados fora de hora, conspirações, bênçãos que parecem vindas
do céu e personagens que acrescentam novos rumos ou que mudam sua maneira de
agir, são exemplos de como as coisas mudam de uma hora para outra. Fazendo
com que a vida e a sua estória deem reviravoltas.
Seja
autêntico. Escreva a estória como ela é, sem excessos. Seja direto no
texto, evite palavras de duplo sentido e redundâncias. Corte as partes do texto
que são desnecessárias para a estória, colocando o leitor num labirinto
verborrágico, que ao invés de prender o leitor, o lança para fora da estória,
afastando-o até que deixe o livro de lado. Você não quer isso, não é mesmo?